Mosquitos ‘comemoram’ as mudanças climáticas

A arte foi inspirada em Baco e Ariadne, de Ticiano, um cenário tropical é preenchido por mosquitos gigantes de Aedes aegypti, com corpos em vermelho vibrante. Um personagem foge sob a chuva, com um sol vermelho ao fundo e vegetação densa, simbolizando tensão e ameaça ambiental
O aquecimento do Planeta está ajudando a multiplicação dos chamados vetores e mobiliza a ciência

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O Paraná acaba de inaugurar uma fábrica de mosquitos Aedes aegypti! Calma, todos eles ‘armados’ com a bactéria Wolbachia, uma microrganismo que se apresenta como uma ferramenta poderosa no controle de arboviroses, em especial da dengue, da chikungunya e da zika.

A imagem é um infográfico com o objetivo de ajudar a identificar o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Aqui está uma descrição detalhada:
Plano de fundo O fundo da imagem tem uma textura leve e uma tonalidade azul esverdeada, criando um contraste agradável com os elementos gráficos e textos em destaque. No topo da imagem, centralizado, há o texto em vermelho destacado: "Reconheça o Aedes aegypti", chamando atenção para o objetivo informativo da imagem. Uma ilustração estilizada do Aedes aegypti ocupa o centro da imagem. O mosquito apresenta: Corpo escuro, com destaque para as características manchas brancas no corpo e nas patas, que são uma das marcas identificadoras dessa espécie; Olhos vermelhos e asas translúcidas; Abdômen com listras brancas e vermelhas, reforçando os detalhes distintivos. Existem três elementos textuais destacados em caixas de texto com fundo escuro e letras brancas, explicando as características do mosquito: À esquerda, próximo às asas: "Voa baixo, produz pouco zumbido e é mais ativo de manhã". Essa informação auxilia na identificação pelo comportamento do mosquito. À direita, perto das patas: "Manchas brancas nas patas e no corpo", enfatizando o padrão visual característico. Na parte inferior central: "Tamanho menor que 1 cm", junto a uma escala horizontal que mede 1 cm, indicando o tamanho reduzido do inseto. No canto inferior direito, há os créditos do infográfico: "Conexão Ciência | Arte: Lucas Higashi".

Essa notícia bem ‘estranha’, sobre uma ‘fábrica de insetos’, é fruto de um cenário ambiental complicado. A revista científica “The Lancet” falou sobre isso em uma reportagem publicada no final de outubro de 2024. O texto compila dados de um estudo amplo e profundo sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas.

Se tem alguém que gosta do que está acontecendo, são os mosquitos. Quanto mais calor, chuva e umidade para eles, melhor. 

Segundo a revista “The Lancet”, por causa da emergência climática, o risco de transmissão da dengue pelo mosquito Aedes aegypti é, hoje, 11% maior que na última década.

Uma reportagem da GloboNews anunciou que, em 2023, foram registrados 5 milhões de casos de dengue em mais de 80 países – um recorde histórico. A maioria dos casos ocorreu no Brasil, no Peru, no México e na Colômbia. Mas houve números impressionantes em países que não costumam conviver com a doença, como os Estados Unidos, a Itália, a França e a Espanha.

Esse é só um dos muitos impactos da crise climática na nossa saúde e se reflete em todos os lugares no nosso país. Agora em janeiro, dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, mostram que o país registrou, ao longo de todo o ano de 2024, um total de 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença.

O boletim divulgado pela Vigilância Ambiental, da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) atribui esses números, em grande parte, “às mudanças climáticas, influenciadas, principalmente, pelo El Niño1”. Segundo o relatório, as regiões que historicamente apresentavam baixa circulação de vírus passaram a enfrentar um cenário de impacto. Para as autoridades, o aumento das chuvas e das temperaturas médias têm sido importantíssimos para a proliferação do Aedes, “o que reflete na transmissão da dengue e torna imprescindível a eliminação dos criadouros”, disse a coordenadora da Vigilância, Ivana Belmonte, em um texto publicado pela Sesa.

Essa imagem é um infográfico que apresenta dados sobre o aumento de casos de dengue no estado do Paraná ao longo dos anos. A tonalidade azul esverdeada com textura leve predomina no fundo, similar à imagem anterior, contrastando com os textos e gráficos. Na parte superior da imagem, há uma faixa vermelha horizontal que contém o texto em branco: "A explosão de casos de Dengue no Paraná". O título é marcante e informa o tema principal. A imagem traz novamente a ilustração estilizada do mosquito Aedes aegypti no lado esquerdo. Ele está destacado com suas características: corpo escuro, manchas brancas nas patas e abdômen, olhos vermelhos e asas translúcidas. À direita do mosquito, uma visualização gráfica em forma de montanhas ou picos, que representam a evolução dos casos de dengue ao longo dos anos. Os dados são organizados cronologicamente de 2009 a 2024, com os anos dispostos na base do gráfico, dentro de círculos vermelhos. Acima de cada ano, há números e picos que representam o total de casos registrados naquele período. Os picos estão visualmente decorados com pequenas ilustrações do mosquito Aedes aegypti, destacando visualmente a gravidade do aumento de casos. Na parte inferior esquerda há uma explicação em letras menores informa que os números foram coletados a partir de boletins epidemiológicos divulgados entre fevereiro e março de cada ano, baseados em dados do ano anterior. No canto inferior direito: "Conexão Ciência | Arte: Lucas Higashi", creditando o criador do infográfico.

OUTRAS ARBOVIROSES – Durante o período de um ano citado acima, não houve confirmação de casos de zika, no Paraná. Em relação à chikungunya, o Estado registrou 1.920 notificações, 240 casos confirmados e nenhuma morte. Houve o registro de 183 casos autóctones (de pessoas que foram infectadas dentro do Estado) e, destes, 77 eram pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu.

Mas a dengue, como a gente viu, assusta. Por isso, como diz a música de Caetano Veloso e Gilberto Gil, “é preciso estar atento e forte”. E essa luta é contra os vetores que matam. Parte dos combatentes que apoiam as autoridades estão nas instituições de ensino superior.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, desenvolveram um aplicativo para auxiliar a Sesa no combate da dengue, zika, chikungunya e outras arboviroses.

O Aplicativo para Controle Vetorial do Paraná foi elaborado por docentes e estudantes da UEM, por meio dos departamentos de Informática (DIN), de Estatística (DES) e dos programas de pós-graduação em Ciência da Computação (PCC) e em Bioestatística (PBE) da UEM.

A imagem mostra a fachada do prédio da Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A construção tem arquitetura moderna, com linhas retas e detalhes funcionais. A parte superior do edifício possui janelas retangulares que permitem a entrada de luz natural. Abaixo das janelas, há uma área coberta e um espaço de entrada com portas de vidro, onde algumas pessoas estão visíveis. No primeiro plano, um gramado bem cuidado rodeia o edifício, com várias plantas tropicais, como palmeiras e pequenos arbustos, que contribuem para o ambiente natural. Em frente ao prédio, há uma placa grande e branca com o logotipo e o nome da instituição: "Universidade Estadual de Maringá". Essa placa está fixada no gramado e cercada por algumas pequenas plantas ornamentais, que complementam a paisagem ao redor. O céu está claro, sugerindo que a foto foi tirada em um dia ensolarado, com boa iluminação natural, destacando as cores vivas da vegetação. A combinação de natureza e estrutura moderna da universidade cria uma atmosfera acolhedora e organizada.
Universidade Estadual de Maringá (UEM) (Foto/Reprodução ASC/UEM)

O software, na verdade, é fruto do projeto de extensão “Uma Solução Tecnológica para a Vigilância Entomológica e Controle de Vetores das Arboviroses do Paraná”. Essa é uma parceria da UEM com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), que tem financiamento do Fundo Paraná, por meio do programa Universidade Sem Fronteiras, vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

A demanda pela tecnologia partiu da Sesa, com intuito de modernizar e centralizar a transmissão de informações coletadas pelos agentes de controle de endemias2 do Estado. Em 2019, por meio da 15ª Regional de Saúde, a professora da UEM Eniuce Menezes, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Bioestatística (PBE), deu início à procura por soluções.

A imagem mostra a professora Telma Lopes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), na cerimônia de entrega do App. Ela veste uma blusa vermelha de mangas curtas com detalhes de babados e usa óculos. Ela está falando ao microfone, com uma expressão concentrada e engajada, e segura um controle remoto para avançar a apresentação. Ao fundo, há um projetor exibindo um slide com o título "Entrega do Aplicativo para Controle Vetorial do Paraná." A apresentação parece fazer parte de um projeto de extensão da UEM em parceria com o programa "Universidade Sem Fronteiras". No slide, também é possível ver o logotipo da UEM e de outras instituições envolvidas. A sala é simples, com um painel branco onde o slide é projetado e uma mesa azul em primeiro plano, que tem alguns objetos sobre ela, incluindo um fone de ouvido. A iluminação é adequada, permitindo uma visão clara da apresentadora e do conteúdo projetado, sugerindo um ambiente formal e acadêmico.
A professora Telma Lopes na cerimônia de entrega do aplicativo (Foto/Reprodução ASC/UEM)

Em 2022, já sob a coordenação da professora Thelma Colanzi, também do DIN, 22 estudantes de mestrado e doutorado do PCC/UEM desenvolveram um protótipo do software. No mesmo ano, a coordenadora formalizou um projeto de extensão e submeteu a iniciativa a um edital do programa Universidade Sem Fronteiras. Ao todo, a iniciativa mobilizou 33 estudantes do DIN e do PCC/UEM, ao longo dos últimos dois anos.

“Estamos muito felizes por chegar até aqui com o software pronto para uso e para ser implantado, dentro de alguns meses, pelos municípios paranaenses”, afirmou a coordenadora Thelma Colanzi, no dia da entrega do APP, que ocorreu em setembro do ano passado.

A chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato, disse à Assessoria de Comunicação da UEM que “a ferramenta é magnífica”. Os agentes de controles de endemias e os gestores municipais precisam desta tecnologia que facilita a compilação dos dados colhidos em campo e gera informação inteligível para auxiliar a tomada de decisões em tempo oportuno no combate à dengue”.

Desenvolvido nas versões aplicativo e web, o sistema permite o envio de dados em tempo real pelos agentes de controle de endemias. Segundo a Sesa, os mais de 5 mil agentes do campo do Estado receberão tablets para o uso durante as visitas a imóveis. Os recursos para a compra dos equipamentos já foram repassados aos 399 municípios do Paraná.

Monitoramento do Habitat do Aedes aegypti 

Outro projeto em desenvolvimento entre cientistas é o “Monitoramento do Habitat do Aedes aegypti”, realizado pelas professoras biólogas Ana Alice Eleuterio e Elaine Soares, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçu. A ideia é observar os habitats do mosquito transmissor da dengue e implementar o protocolo “Mosquito Habitat Mapper” (Mapeamento de habitats de mosquitos).

A imagem mostra três pessoas posando em frente a dois banners com informações sobre um projeto chamado "Ecologia e Saúde: Ciência Cidadã para Monitoramento da Dengue". Pessoas na imagem: À esquerda, há um homem de camisa preta com o logotipo do curso de Ciências Biológicas, calça bege e tênis preto. Ao centro, uma mulher de cabelo cacheado e colorido (rosa), também vestindo uma camisa preta com o mesmo logotipo e calça verde-escura. À direita, outra mulher com cabelo cacheado preso, vestindo uma blusa preta e calça clara. Banners: Os banners trazem ilustrações e textos sobre doenças como Dengue, Zika, e Chikungunya, destacando o ciclo de vida do mosquito transmissor e objetivos do projeto, como o combate aos vetores por meio da ciência cidadã. Fundo: Na parede atrás das pessoas, há um mural colorido com imagens simbólicas, como uma figura de Tio Sam, esqueletos e representações de helicópteros e indústrias, sugerindo uma mensagem política ou ambiental. O ambiente parece ser um local universitário ou de extensão, com foco em educação e conscientização.
Apresentação do projeto por três alunos (Foto/Reprodução)

Isso é feito por diversos pesquisadores e estudantes. Eles atuam em campo, coletando dados, que, posteriormente, são inseridos no GLOBE Observer. Este aplicativo permite a coleta de dados georreferenciados3 sobre possíveis criadouros, bem como a coleta e identificação de larvas de mosquitos.

O projeto faz parte do “Programa Institucional de Ciência Cidadã na Escola” (PICCE), lançado em 2022. Hoje, a iniciativa está vinculada ao NAPI Paraná Faz Ciência, assim como o C², e representa uma inovação educacional ao integrar alunos e professores da rede pública na construção de projetos de pesquisa e coleta de dados científicos.

O programa visa não apenas educar, mas capacitar cidadãos cientistas a explorarem e compreenderem seu ambiente de forma prática e significativa. “A execução ocorre nas escolas, por meio de cursos de formação de professores, que combinam atividades práticas e teóricas para serem utilizadas com seus alunos. Os encontros permitem que o conhecimento seja adquirido por meio da experimentação”, destaca a professora Ana Eleuterio.

A professora Ana Alice Eleuterio (Foto/Arquivo pessoal)

O grupo usa uma armadilha, a ovitrampa. Elas são dispositivos que simulam o ambiente de reprodução do Aedes aegypti como vasos pretos com água ou uma palheta de madeira que facilita o depósito de ovos pelas fêmeas do mosquito. Esse método permite aos pesquisadores e alunos monitorarem rapidamente a presença de mosquitos na área, sem permitir que eles se desenvolvam. 

A formação científica das crianças também busca substituir a ideia de “vilão assustador”. “A ideia é que passem a compreender que ele [Aedes] é apenas uma entidade biológica, que pode vir a transmitir a doença. Queremos que as crianças entendam como o inseto participa do nosso dia a dia; o entendam como um organismo e saibam como ele funciona”, explica Elaine Soares.

A fábrica de mosquitos (Foto/Gabriel Rosa – AEN)

Criadouros

O conhecimento adquirido sobre os insetos transmissores de doenças permitiu o desenvolvimento de mais uma tecnologia: a ‘produção’ de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia (Wolbitos) para controle de arboviroses.

Em 2011, o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, ofereceu ao Ministério da Saúde essa alternativa para enfrentar a dengue: a introdução no ambiente de mosquitos Aedes aegypti carregando a Wolbachia. Essa descoberta foi realizada alguns anos antes, enquanto fazia seu pós-doutorado na Austrália.

A Wolbachia é um microrganismo presente em aproximadamente de 60% dos insetos no mundo. Em laboratório, a equipe de pesquisadores conseguiu introduzir a bactéria, que foi retirada da mosca-da-fruta, dentro dos ovos de Aedes aegypti. Foi comprovado que, quando a bactéria está presente no mosquito, os vírus que provocam a dengue, a zika e a chikungunya não se desenvolvem bem, reduzindo a transmissão.

A imagem é uma micrografia, provavelmente obtida por microscopia eletrônica, de uma célula infectada com bactérias do gênero Wolbachia, identificadas pelas áreas circulares em azul. A célula hospedeira está representada com uma coloração esbranquiçada e textura granular, indicando a presença de várias organelas e estruturas internas. Três estruturas circulares grandes, destacadas em azul, são visíveis na imagem e estão identificadas com a letra "W", referindo-se à bactéria Wolbachia presente dentro da célula. Essas estruturas são vesículas onde as bactérias estão contidas, possivelmente em diferentes estágios de desenvolvimento. O citoplasma ao redor das vesículas apresenta uma aparência granulada, com várias áreas de tonalidades mais escuras, sugerindo a presença de organelas ou outras partículas celulares. O fundo claro e as áreas azuladas facilitam a identificação das bactérias no interior da célula, ilustrando como a Wolbachia se distribui e se replica dentro de células hospedeiras. Essa imagem é provavelmente utilizada para estudos de infecção celular e a relação simbiótica entre Wolbachia e seus hospedeiros, que pode incluir insetos e outros invertebrados.
O impedidor dos vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana (Foto/BBC)

Os mosquitos com Wolbachia são soltos em diversos locais no Brasil e no mundo. No Paraná, dois municípios, nas regiões Oeste e Norte, produzem e fazem a soltura de insetos com a bactéria. Já foram soltos cerca de 20 milhões de Wolbitos, nome dado aos mosquitos que ‘carregam’ a bactéria.  Em Londrina, foram 13 milhões e 7 em Foz do Iguaçu.

A maior ‘fábrica’ de mosquitos com a bactéria está sendo implantada em terras paranaenses. A biofábrica, instalada em Curitiba, está com 35% das obras concluídas e deve entrar em operação, agora, em 2025. Faz parte do Parque Tecnológico da Saúde e está sob a responsabilidade do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), vinculado à Fiocruz, e do World Mosquito Program (WMP).

A previsão é de que, ao longo de 10 anos de atividade, aproximadamente 140 milhões de brasileiros possam ser beneficiados com a implementação do método em diversos municípios do país, só com esta fábrica.

A notícia, veiculada no aniversário de dez anos da descoberta científica da Wolbachia contra as arboviroses, nos alegra. Afinal, o aquecimento do planeta é um processo mais complicado de reverter. Mas nunca podemos perder de vista, que, neste cenário, nós, humanos, temos uma responsabilidade enorme. Falamos aqui de monitoramento, mas o ideal é pensarmos em conscientização e prevenção. 

Nesta perspectiva, entre em cena o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A instituição lançou um edital de credenciamento público, em janeiro de 2025, para selecionar municípios interessados em participar do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de uma plataforma inovadora para o controle do Aedes aegypti.

A intenção é testar novas tecnologias no combate ao mosquito e apoiar as prefeituras no controle da doença nas diferentes regiões. Desta forma, em breve, algumas equipes de saúde das prefeituras vão ajudar a validar a tecnologia da chamada plataforma-solução Arbomonitor. Ela conta com dispositivos métricos, tecnologias e métodos de aplicação de inseticidas, enfim, é uma ferramenta completa que reúne inúmeras informações para o controle do mosquito vetor da dengue, zyka e Chikungunya.

“Vários municípios e unidades de federação do Brasil demonstraram interesse na solução, uma vez que ela é uma alternativa ao combate ao mosquito da dengue, aliada a uma plataforma de gestão ao prefeito e ao secretário da saúde, que podem acompanhar em tempo real informações atualizadas sobre a infestação na cidade”, observa o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss.

O credenciamento de municípios estará aberto ao longo de 2025 e todas as informações sobre o processo, como o edital, o plano de trabalho e a minuta do convênio podem ser acessadas pelo site do Tecpar.

Pode ser clichê, mas vemos que juntos somos mais eficientes contra os males que aflige nosso planeta. Mas, lembre-se, todos têm responsabilidades. Precisamos estar juntos, mesmo! Pense nisso!

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Texto:
Ana Paula Machado Velho e João Luiz Lazaretti
Supervisão de Texto: Ana Paula Machado Velho
Arte: Lucas Higashi
Supervisão de arte: Hellen Vieira
Edição Digital: Gutembergue Junior

Glossário

  1. El Niño: é um fenômeno climático que ocorre quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial ficam mais quentes do que o normal. ↩︎
  2. Endemias: são doenças que ocorrem com frequência em uma região geográfica específica. ↩︎
  3. Georreferenciados: são dados ou objetos que têm coordenadas geográficas associadas, permitindo a sua representação no espaço. ↩︎

A pesquisa que mencionamos contribui para os seguintes ODS:

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