Este livro de Stephen Hawking, publicado pela editora Intrínseca, explora os mistérios do cosmos de forma acessível. Ele aborda temas como a teoria da relatividade, o Big Bang, buracos negros e a natureza do tempo, além de discutir a evolução do universo, a possibilidade de vida extraterrestre e teorias sobre o espaço. Hawking apresenta conceitos complexos de maneira clara e envolvente, tornando-os compreensíveis para leitores de diferentes níveis de conhecimento.

Opinião
“O que mais me impressionou foi a forma como ele consegue comunicar conceitos científicos complexos de maneira tão acessível. Isso me fez perceber que, mesmo não tendo seguido a carreira de física, ainda é possível trabalhar com ciência através da comunicação, tornando esse conhecimento mais próximo e compreensível para todos. Assim como escrevemos no C², é possível abordar temas desafiadores de maneira envolvente e clara, facilitando o entendimento e aproximando o público desses assuntos.”
Luiza da Costa, estudante de Comunicação e Multimeios na UEM e bolsista do C².

Publicada em 1967, Cem Anos de Solidão é considerada a mais célebre obra de Gabriel García Márquez, escritor e jornalista colombiano. A narrativa conta a história da família Buendía, começando quando José Arcádio e Úrsula se casam em uma união proibida e fundam a cidade de Macondo. O livro acompanha a vida do casal e de seus descendentes ao longo do tempo, até o fim do último Buendía. A solidão tratada no livro é, na verdade, a solidão dos próprios personagens, presos em suas escolhas.

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“De fato, a capacidade de Gabriel Márquez de prender o leitor em sua narrativa é algo extraordinário. Cem Anos de Solidão é uma excelente companhia em qualquer momento da nossa vida!”, garante Reinaldo Nishikawa, professor de História e pesquisador no Instituto Federal do Paraná – Campus Londrina. Ele ainda confessa: “Cem Anos de Solidão foi um livro intimidador. A cada vez que lia a história da família Buendía, novas descobertas eu fazia.”

Raskólnikov é um estudante de Direito que, cercado pela pobreza, se vê obrigado a abandonar os estudos. Ele perambula pelas ruas de São Petersburgo, observando o movimento da cidade. Raskólnikov não tem dinheiro sequer para pagar o aluguel do pequeno cômodo em que vive. Mesmo nessa situação humilhante, ele acredita ser diferente dos demais homens e que está destinado a um grande futuro. No ápice de seu ódio, ele planeja e executa um crime bárbaro, acreditando que sairá impune. Contudo, Raskólnikov é surpreendido pela própria consciência.

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“Um homem ordinário experimentando situações extraordinárias”, outro clássico muito bem avaliado por Reinaldo. O professor completa: “Poucos livros alteraram minha percepção de mundo quanto Crime e Castigo. Acompanhar Rodion Românovitch Raskólnikov no seu drama permite também refletir sobre nossos crimes e castigos do dia a dia, das nossas escolhas, da nossa consciência e, principalmente, da nossa ideia de certo e errado.”

O último romance de Clarice Lispector, publicado em 1977, acompanha a vida de Macabéa, uma mulher nordestina que reside no Rio de Janeiro. A trama explora como sua vida muda após um acontecimento marcante, abordando suas experiências e a complexidade de sua existência.

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O bolsista graduado do C², Guilherme Nascimento, ressalta: “O que mais brilha nesse livro e que fez se tornar meu favorito desse ano é a simplicidade na escrita e o modo como o narrador conta a vida de Macabéa, quase como um alter ego da Clarice. O livro tem um modo peculiar e reflexões sobre a vida em trechos maravilhosos, como: ‘Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.’”

Escrito por Ailton Krenak, líder indígena, o livro reúne trechos de duas conferências em que ele participou, refletindo sobre como a humanidade está tratando a natureza nos tempos atuais. Publicado em 2019 pela Companhia das Letras, a obra oferece uma perspectiva única sobre os desafios ambientais enfrentados pelo mundo moderno.

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“Eu gostei desse livro por abrir meus olhos para questões políticas e socioambientais. Ele consegue, com muita classe e de forma bem clara, expor as problemáticas que enfrentamos e suas causas, além de como mudamos a ideia de pensar a humanidade sem nos lembrar da sua relação com a natureza”, destaca Guilherme Nascimento, integrante da equipe e bolsista graduado do C².

O romance de Clarice Lispector, escrito em primeira pessoa, acompanha uma pintora solitária que, ao longo da narrativa, reflete sobre a vida, a existência e o poder das palavras. Com uma linguagem poética repleta de metáforas, a personagem compartilha questões íntimas, levando o leitor a refletir sobre temas universais. A trama é marcada por um diálogo com um interlocutor ausente, mas que teve grande importância em sua vida.

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“Eu gostei muito de ler esse livro, porque foi a primeira obra da Clarice que eu li, e foi uma sensação mista de ‘não entendi nada’ e ‘nossa, isso é muito eu'”, compartilha Maysa Ribeiro, estudante de Comunicação e Multimeios na UEM e bolsista do C². Ela também comentou que a obra segue o fluxo de pensamentos da protagonista, criando uma narrativa cheia de nuances. Maysa acredita que o livro pode ser lido por todas as idades, e que cada nova leitura traz uma interpretação diferente.

Escrito pela jornalista Daniela Arbex, o livro retrata o incêndio no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, que vitimou dez jovens jogadores da base do clube. Com uma narrativa extremamente forte, humana e sensível, a obra aborda a morte de meninos que estavam distantes de casa e sem a proteção de seus pais. Através de informações exclusivas, esta obra-reportagem é fundamental para a compreensão do caso e se torna uma voz potente contra o esquecimento, garantindo que a história dessas vidas não seja apagada.

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“Tem uma riqueza de detalhes e precisão muito legal” indica João Luiz Lazaretti, estudante de comunicação e multimeios na UEM e voluntário no C2. Segundo João, a narrativa mistura a linguagem jornalística e literatura de forma brilhante.

Escrito por Carolina Maria de Jesus e publicado em 1960, este livro autobiográfico revela a dura realidade de uma mulher que vive como mãe, moradora da favela e catadora de papel. Através de um diário pessoal, a autora compartilha suas vivências, os desafios diários e a luta pela sobrevivência em um contexto de pobreza e exclusão social. Com uma narrativa honesta e impactante, a obra oferece uma visão profunda da vida nas favelas brasileiras na década de 1960.

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“É um livro fundamental, que precisa ser lido, relido, por todo mundo” apontamento feito por Amanda Crispim, professora e pesquisadora na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba. Ela também ressaltou a grandeza de Carolina, muitas vezes lembrada como a favelada de Canindé, que escreveu um livro, quando na verdade estamos falando de uma mulher negra, letrada, com um aprendizado muito sólido, e que o livro vai muito além de um diário. “É fruto de uma reflexão de uma mulher que leu muita coisa, que estudou muita coisa, e consegue hoje fazer essa análise, essa reflexão tão crítica, tão importante, tão fiel, da sociedade brasileira”. Inclusive, em seu livro A poesia de Carolina Maria de Jesus: um estudo de seu projeto estético, Amanda apresenta Carolina para além de ‘Quarto de Despejo’, evidenciando sua grandeza e intelectualidade. A professora também integra o Conselho Editorial Carolina Maria de Jesus, da Cia das Letras.